23 de novembro de 2008

De olhos fechados sente o vento frio na cara. O sol abandona-se suavemente ao fim do dia e pousa no horizonte. Os dias são uma sucessão de desejos e vontades, guerras e batalhas que nem sempre podemos vencer. E, nos intervalos da rotina, há pormenores que enchem as horas de cor e o peito de ar puro.
Por vezes os sorrisos são mais do que feições: são frases ditas em silêncio, palavras diluídas em olhares cúmplices. Por vezes, os dias passam com a leveza dos segundos e a naturalidade do movimento das marés. E ela gosta de se sentar numa pedra e fechar os olhos, sentir o vento e respirar fundo. Gosta de saber que há um lugar em que pode descansar a mente e simplesmente apreciar o pôr-do-sol...

6 de novembro de 2008

Desmoronamento

Um dia algo acontece. Não o prevíamos nem o queríamos, mas acontece. E tudo muda, para o bem e para o mal. Sem sabermos, encaixamos numa sequência que não foi projectada por nós e tudo parece estar fora de controlo. Desmoronam palavras, pedras, portas e paredes. Os alicerces, que um dia foram o nosso porto seguro, caíram inertes no chão.
E aí, nesse lugar vazio do desmoronamento, forçamos os pulmões e respiramos fundo... continuamos.


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