Lembra-te de conservar a certeza de que alguém sabe de ti o que tens medo de mostrar, não gastes a energia que te resta a torturar as pestanas de cada vez que as barreiras que foste construindo para protecção desmoronarem.
Não deixes que o frio se instale nos ossos enquanto procuras uma posição confortável, não olhes para o vazio como se fosses tu.
E quando não souberes o que fazer, aperta a minha mão e fecha os olhos. Serei a tua força quando a fraqueza te atacar. Mesmo nas noites escuras e sós, quando sentires que nada mais vale a pena pensa que existe alguém com a mesma saudade.
Porque no fundo todos nós queremos sentir que alguém virá para nos dar a mão...esperamos sempre por alguém que nos possa abraçar e beber das nossas lágrimas para que sequem. Mas há esperas vãs e aprendemos a lamber as feridas e a continuar a sorrir.
30 de outubro de 2007
E quando as lágrimas insistirem em cair procura um lugar onde possas encostar a cabeça e respirar. Não te esqueças que haverá sempre um amanhã e que o sal desgasta a pele porque expulsa a dor.
14 de outubro de 2007
Um suspiro. O ar apertado contra os ossos. Aquele sentimento de perda que tem quem não encontra o que quer. Uma confusão de pensamentos, uma amálgama de sentimentos. A combinação que desperta a inércia e que impede decisões sensatas.
O quarto está escuro, atravessado por um ténue raio de luar. Há um corpo cansado estendido na cama desfeita. O coração bate-lhe no peito como um comboio, escurecido pelo pó, que se arrasta numa marcha lenta e compassada. Os pulmões funcionam em pleno mas esforçam-se por oxigenar os pés gelados e brancos. E esse alguém estendido no colchão sabe que o mal-estar físico é consequência da dor psicológica que lhe destrói implacavelmente os pensamentos. Esse alguém alimentou-se das palavras que ouviu, que se entranharam na pele e foram enfraquecendo a alma de quem as acolheu como o bicho da madeira destrói os móveis, por dentro.
O quarto está escuro, atravessado por um ténue raio de luar. Há um corpo cansado estendido na cama desfeita. O coração bate-lhe no peito como um comboio, escurecido pelo pó, que se arrasta numa marcha lenta e compassada. Os pulmões funcionam em pleno mas esforçam-se por oxigenar os pés gelados e brancos. E esse alguém estendido no colchão sabe que o mal-estar físico é consequência da dor psicológica que lhe destrói implacavelmente os pensamentos. Esse alguém alimentou-se das palavras que ouviu, que se entranharam na pele e foram enfraquecendo a alma de quem as acolheu como o bicho da madeira destrói os móveis, por dentro.
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