15 de outubro de 2012

Dança de Criança


Às vezes penso que devia crescer. Deixar de pintar as unhas de verde e de fazer bolas de sabão. Deixar de sonhar com uma piscina de bolas coloridas. São lugares felizes que insisto em tentar arrancar dos dias que já não os têm. São sorrisos patetas que não fazem sentido para o resto do mundo. É uma música que já ninguém ouve. A vida não é uma dança de criança. E quando me perguntarem o que fiz à criança que havia em mim, respondo: “deixei-a crescer”.