São as melhores coisas do mundo, as coisas que não se vêem. As que passam despercebidas no radar de quem conta os dias. Aquelas que não se guardam em caixas, envelopes ou cofres. E no entanto, são as coisas que não se vêem que vale a pena guardar. Mas guardar no coração, nos sorrisos, na memória que nem sempre funciona bem... nas nossas caixas internas, as que temos sem saber e que nos arrumam a alma.
As coisas que não se vêem são também as que devemos mostrar. Os postais, os telefonemas, o elogios grátis, o desvio de carro para oferecer boleia a alguém. Ensinou-nos Exupéry que "o essencial é invisível aos olhos" e que são as coisas que não se vêem que tornam o deserto bonito, que são essas que nos fazem ser quem somos. Ficamos nós mais bonitos e o nosso deserto menos deserto.