Adoro o vento. Senti-lo enebriar-me os sentidos é tão libertador. Parece que o tempo pára, até o sol se demora mais no dia. É dos poucos momentos em que as palavras são realmente desnecessárias, dos poucos momentos em que a fúria transmite calma, quando o vento de tão violento nos faz esquecer as perturbações do quotidiano.
Não me importo de levar com areia quando estou deitada na praia, sei que se me levantar vou adorar sentir o vento na pele e a areia não me vai incomodar nada. Também não me importo de ter o vento nas minhas costas a revolver-me os cabelos, basta-me dar meia volta e oferecer-lhe um sorriso.
Gosto. Gosto tanto de estar sentada no meu baloiço com os tornozelos cruzados e os pés no ar, sentir as cordas a balançar com o vento, olhar a paisagem e apreciar as coisas simples da vida. Porque tenho a certeza que a felicidade é simples.