Às vezes não sei o que te dizer. Porque, às vezes, duvido de tudo, questiono tudo o que me rodeia e sinto medo. Às vezes não sei encontrar as palavras para te ler. Não sei ver nos teus olhos aquilo que quero acreditar que sentes. Há momentos em que os sinais se misturam e nada do se move à minha volta se encaixa. Tudo se mistura numa sinfonia sem maestro. E por breves instantes nada do que represento sou eu, nada do que respiro é meu.
Por breves instantes, respirar é involuntariamente voluntário e o sal do corpo é difícil de guardar. Por momentos, nada faz sentido e tudo grita... e o teu silêncio grita ainda mais, até que a música dos dias se consome num latejar compassado e mudo, como se pedisse desculpa por não poder parar e suspirar de alívio. Por breves instantes tudo se mistura e nada encontra o seu lugar. Nesses instantes, pega-me na mão e aperta-a até que o universo fique completo outra vez.
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