17 de outubro de 2011

Quando

Quando não temos forças, sorrimos e deixamos que a maré nos leve para longe. Quando acordamos, esperamos que o dia se desdobre sem sobressaltos que nos façam perder o rumo. Quando perdemos o rumo, procuramos um lugar seguro que nos aconchegue a mente e a alma.
Às vezes, quando te digo que sim estou a tentar dizer-te que não. E quando sorris não sei o que queres que eu pense. Quando as horas se atropelam sem sentido, vamos correndo atrás do tempo e contornamos o que nos faz falta. Fingimos que está tudo tão bem como estava. Que o presente é um espelho embaciado do passado, só precisa de se habituar à temperatura. Quando tropeçamos esquecemos que podemos cair... e continuamos a andar.

É um jogo desconexo e sem regras que nos conduz pelas rotinas. É uma relação simples de consequências que nem sempre queremos confirmar. É um atropelo ordenado pelas ruelas do pensamento. Ninguém perde, ninguém ganha. O jogo não é nosso.


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