São dias que não são nossos. Ou que não querem ser. Dias que se empurram para chegar a nós e que nós chutamos para longe. Dias de outros.
Nessas manhãs, olho à minha volta e vejo as pessoas, vejo as histórias que invento displicente para elas. Vejo os sorrisos, os gestos, a roupa que escolheram e a razão que eu lhes dou para a escolherem. E podia olhar para elas o dia todo: deixar os meus pés perdidos pela cidade, dentro e fora dos cafés, para a frente e para trás nos autocarros... até conseguir voltar.
Há dias que não são nossos porque não queremos que sejam. Porque, nesse dias, não nos queremos.
Há dias que não são nossos porque não queremos que sejam. Porque, nesse dias, não nos queremos.
Sem comentários:
Enviar um comentário