Perdoa-me as vezes que choro,
perdoa-me também quando coro.
Não ligues à frieza da lua,
perdoa-me por não ser tua.
Não ouças o múrmurio do rio,
nem queiras calar um rouxinol,
corre na noite um vento frio,
a lua encolhe-se, chora pelo sol...
Perdoa aquela folha que caiu
da árvore que tanto a precisava.
Perdoa o amor que desiludiu
quando soube que te amava.
Perdoa este meu receio
que não me querias perdoar
e a estrada quase no passeio
que não queria incomodar..
Tatiana Albino