O tic-tac violento parou abruptamente e as horas deixaram de passar, já não sei onde estou nem porque parei.
E não consigo perceber, o meu coração saltou...jaz demorado nas minhas mãos, mordisca-me os dedos e diz que precisa de continuar a bater.
Nunca o tinha ouvido antes, ainda que fosse imperativo, não entendo porque o ouço agora, tão alto como as gotas salgadas a caírem-me nos joelhos, tão desesperado por alento com os meus lábios por um sorriso.
Tenho os pulmões dormentes, as costelas ferem-me, todo o meu corpo me rejeita e o meu coração continua a mordiscar-me os dedos e a chamar por mim...
- Cala-te porra! Preciso de pensar...