23 de dezembro de 2005

Diz lá isso outra vez...



[Simplicidade] é uma palavra complexa...

12 de dezembro de 2005

Apagaste a luz.

Porque é que apagaste a luz, Beatriz? Logo agora que eu estava a tentar ler nas entrelinhas do teu carinho. Mas não te vou pedir que a acendas, gostas de flashes cachopa, o que é que te hei-de fazer?
Quiseste acordar-me quando acendeste essa luz incandescente pela primeira vez e agora? Queres esconder-te porque sentes que te conheço? Ora deixa-te disso, tu tens é medo que eu te conheça melhor do que tu!
E apagaste a luz mesmo quando eu desvendava os segredos escondidos nos teus olhos...Já te disse que os teus olhos falavam comigo? Havia dias em que reclamavam a minha atenção e outros em que me pediam docemente o teu espaço...sim, Beatriz, esse teu espaço que sempre reclamaste e que nunca te serviu de nada!
Lembro-me de uma vez em que os teus olhos sussurraram que gostavas de mim...Ai, miúda...quem me dera nunca ter ouvido esse murmúrio da tua alma...
Revolucionaste as minhas entrelinhas, será por isso que insisto tanto em querer ler as tuas? Sempre me mostraste tanto, porque me escondes agora aquilo que eu quero mesmo conhecer?



Vá lá, Beatriz, não sejas teimosa, deixa-te de brincadeiras e acende lá a luz...

Não gosto de estar às escuras...

7 de dezembro de 2005

Caminha sozinha...


O passo apressado denuncia a insegurança...leva o coração na garganta e mal consegue respirar.
Há farpas cravadas nas costas, punhais a rasgarem-lhe a pele delicada, mas os pés calejados não a deixam desistir. Quantas vezes teve de engolir o coração, já ninguém sabe, mas os pulmões acusam o aperto e ela sente vontade de parar, descansar um pouco, encostar a palma da mão a algo seguro e fechar os olhos. O cansaço embriaga-lhe os sentidos e por alguns segundos impede-a de manter o ritmo da passada, o vento frio corta-lhe as lágrimas e ela já não sabe qual o motivo que a faz chorar, sorri a uma criança que lhe disse adeus e os seus pulmões apertaram-se dentro do peito.
Não desiste, mas sente-se perto do limite, o sangue quente ainda escorre e ela parou a caminhada para o limpar. Perdeu o passo, perdeu o ritmo
....Perdeu-se...