O quarto está escuro, atravessado por um ténue raio de luar. Há um corpo cansado estendido na cama desfeita. O coração bate-lhe no peito como um comboio, escurecido pelo pó, que se arrasta numa marcha lenta e compassada. Os pulmões funcionam em pleno mas esforçam-se por oxigenar os pés gelados e brancos. E esse alguém estendido no colchão sabe que o mal-estar físico é consequência da dor psicológica que lhe destrói implacavelmente os pensamentos. Esse alguém alimentou-se das palavras que ouviu, que se entranharam na pele e foram enfraquecendo a alma de quem as acolheu como o bicho da madeira destrói os móveis, por dentro.
14 de outubro de 2007
Um suspiro. O ar apertado contra os ossos. Aquele sentimento de perda que tem quem não encontra o que quer. Uma confusão de pensamentos, uma amálgama de sentimentos. A combinação que desperta a inércia e que impede decisões sensatas.
O quarto está escuro, atravessado por um ténue raio de luar. Há um corpo cansado estendido na cama desfeita. O coração bate-lhe no peito como um comboio, escurecido pelo pó, que se arrasta numa marcha lenta e compassada. Os pulmões funcionam em pleno mas esforçam-se por oxigenar os pés gelados e brancos. E esse alguém estendido no colchão sabe que o mal-estar físico é consequência da dor psicológica que lhe destrói implacavelmente os pensamentos. Esse alguém alimentou-se das palavras que ouviu, que se entranharam na pele e foram enfraquecendo a alma de quem as acolheu como o bicho da madeira destrói os móveis, por dentro.
O quarto está escuro, atravessado por um ténue raio de luar. Há um corpo cansado estendido na cama desfeita. O coração bate-lhe no peito como um comboio, escurecido pelo pó, que se arrasta numa marcha lenta e compassada. Os pulmões funcionam em pleno mas esforçam-se por oxigenar os pés gelados e brancos. E esse alguém estendido no colchão sabe que o mal-estar físico é consequência da dor psicológica que lhe destrói implacavelmente os pensamentos. Esse alguém alimentou-se das palavras que ouviu, que se entranharam na pele e foram enfraquecendo a alma de quem as acolheu como o bicho da madeira destrói os móveis, por dentro.
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11 comentários:
thumbs up!
"Aquele sentimento de perda que tem quem não encontra o que quer."
as dores psicológicas doem sempre tão mais q as físicas, ou perduram mais pelo menos... ms podem ser atenuadas, aos poucos, lá está: com o tempo!
gostei*
Pois.
Até momentos difíceis como estes vivemos "a par e passo", nem no dia mudamos. Só o tempo, como diz a Gavi, vai trazer a calma que nos deixa cair em camas desfeitas sem que as manchemos de lágrimas e preocupações.
Muita força menina desfeita do texto.
Beijos*
amei..
"como o bicho da madeira destrói os móveis, por dentro." esta comparação não podia ser mais expressiva..
mas tal como os móveis também nós podemos afugentar os bichos que temos dentro de nós e vencer o medo que nos corrói..
não penses demasiado nisso :)
saudadinhas **
Todo o texto ta mt bom.. mas esta expressao supera, pelo menos pra mim talvez pk me enquadre nela e perceba "Esse alguém alimentou-se das palavras que ouviu, que se entranharam na pele e foram enfraquecendo a alma de quem as acolheu.."
Gosto mt de passar aqui e ler os teus textos sempre mt bons!
Parabens!
E quem não se sentiu já assim?
Beijinho grande*
Os teus textos têm uma expressividade indiscritivel! Tens o verdadeiro dom da escrita...Parabéns! Consegues transpor para o papel sentimentos que pela sua complexidade são dificeis de terem uma forma concreta.
É sempre um gosto ler-te.
;) **
+ 1 post lindissimo, mas vindo de ti ñ se podia esperar outra coisa. nunca pares de escrever**
tens mesmo geito para escrever!
parabenx, continua assim!
:)
dizem que ás vezes devemos abrir um livro ao calhas e ler uma passagem, e que normalmente identificamos-nos com ela.
pois bem...disseste para vir ver os teus segredos aos pedaços e vê o que acontece. identifico-me com o que escreveste. :)
*
ps: quando for grande quero escrever como tu :b
profundo..., não é que é mesmo como o bicho da madeira...
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