2 de julho de 2008

O silêncio arranja forma de transmitir o que queremos esconder. Resgata tudo o que não sabemos como falar ou escrever, salva as palavras que insistimos em esquecer. E em serena aquietação esperamos que ninguém perceba o que enfeitamos em sorrisos para não nos desfazermos de nós.
E dos olhares fugidios fica tanto por dizer, segredos que em surdina não soubemos como guardar. O compasso do coração é a batida da alma, que expõe o que não conseguimos verbalizar. O novelo de pensamentos é o desenho de quem aprendeu a guardar as palavras e agora não sabe como usá-las.
Vamos preenchendo os dias numa cortina opaca, cor de pastel. Numa angústia omnipresente que nos ata os tornozelos e os pulsos a uma árvore seca e morta, vamos esperando que o vento nos solte, que o sol corroa as cordas e nos devolva a liberdade. Mas enquanto houver lábios a morder as palavras por medo, não haverá espaço para voar.

15 comentários:

Anónimo disse...

Não mordas as palvras...
voa, voa
que eu gosto de te ver voar

Anónimo disse...

Vocês treinam ou são mesmo assim, tão cocós?
Tatiana, só uma coisa, lembra-te que tudo o que te lembrares de escrever, já foi escrito por alguém mais inteligente e melhor do que tu.

Beijo na bochecha*

Anónimo disse...

Esse giríssimo, notasse que é uma pessoa muito inteligente e melhor que os outros (convencido, coitado).
Olha Tatiana não ligues.
"Vozes de burros não chegam aos
céus"
Continua a escrever como tu bem o fazes.

Anónimo disse...

Pelo menos sou um bocadinho mais do que tu "elmary", e escrever "nota-se", não? Tens que estar mais atenta às cenas. Assim não dás luta.. =|

T. disse...

Toda a gente tem direito à sua opinião =)

Fico feliz por teres partilhado a tua comigo!

B. disse...

Giríssimo:
Escondes-te.
De giro tens certamente pouco. Ponto um.

Ponto dois. Toda a gente sabe quem tu és. Achas mesmo que não dá para perceber?

Oh. Tristes daqueles que subvalorizam e insultam a inteligência dos outros. Só rir do que tens para dizer. E pior. Para escrever.

Ponto três. Faz assim: pega numa faca afiada e roça-a ao de leve nos pulsos. Geme de dor, porque és mariquinhas. Força a entrada da faca. E morre longe. Para não cheirares mal.

Ruben Portinha disse...

Não é lá muito giro insultar as pessoas sem dar a cara... Tatiana, voa! E escreve, que eu gosto de te ler :)

Beijinho*

Anónimo disse...

Força rapariga. não ligues a comentários desnecessário. Uma boa escitora como tu, também tem que lidar bem com estas situações....isto só comprova que os ciumes são dificeis de controlar!! =D beijo*** Continua! Lindo post.

Anónimo disse...

A sério Becks, eu sou mesmo muito giro. Podes carregar no mesmo.

Nunca tentei esconder quem sou, por isso é que assino com "O Giríssimo".

Qual era o outro ponto? Ah! O da faca. Sou a pessoa menos mariquinhas que conheço, apesar do meu sangue azul, fui educado a ser uma pessoa forte, que não se deixa abater pelas infelicidades da vida, até porque, como já o disse, sou mesmo muito giro, e as pessoas giras não têm dificuldades nesta cena da vida.

Tatiana, estou ansioso pela tua próxima "cocózice".

Anónimo disse...

Tatiana, dou-te os meus parabéns por despertares tanto interesse mesmo naqueles que acham os teus textos umas "cocózices"
Olha e ainda bem que o teu sangue é bem vermelhinho...,sinal que é puro...

Anónimo disse...

Uma palavra: Eutasil

Não era, Tats? ;P

João Cordeiro disse...

ò Tatiana, o regulamento é só para disfarçar ;)

Anónimo disse...

É brilhante a forma como conjugas as palavras.É fantastico como cada palavra está no sítio correcto,como se pertencesse ali daquele espacinho que lhe foi destinado.Adoro q forma como escreves,consigo transpor muito do que escreves para a minha vida,talvez seja por isso que me identifique tanto com a tuas belas palavras.Continua.Beijo*

Anónimo disse...

Um texto fantástico, miúda!...
Deves imaginar o quanto nos apraz saborear as palavras em ti, assim, dando-nos espaço, para que possamos voar também...
beijinho

Anónimo disse...

E quando o silêncio é uma forma de transmitir o que queremos falar mas não conseguimos, pelo menos sem que nos ajudem a ultrapassar o medo?! Ou a vergonha?!

:x

(...)

Escreves muito bem! Acho que vou visitar mais vezes :)