Era já noite de um dia qualquer. Era já noite de uma semana sem te ver.
A lua altiva e orgulhosa encheu-se de brilho e brio para me encantar. Deixou-me os olhos a brilhar, as mãos nervosas e os lábios trémulos. E sem me aperceber soube que estava apaixonada, pela sua forma suave, pela sua luz sumptuosa.
E agora diz-me, como podes tu ignorar a lua e quereres-me a mim. Como podes desconhecer o seu brilho que dá luz às noites: a todas as noites.
São pequenas infâmias as palavras que atiras em perguntas levianas sobre a lua. São amenas dores que me provocas, apertos no peito, agulhas na alma, quando dizes que não encontras a lua e que nem sequer a procuraste.
Revoltas-te, argumentas que não tens tempo, estás cansado. Mas será o cansaço maior do que o espaço que o teu pensamento guardou para mim?
E beijaste-me, precipitadamente, de forma descuidada. Distraído e preso a outras cordas, mais brilhantes do que os meus abraços. Apertaste-me e eu fugi. Corri para onde os teus dedos não me pudessem alcançar: nessa noite percebeste que tinhas de me dividir com a lua.
11 comentários:
Muito bonito, lá está a lua a povoar o teu quotidiano. És mesmo uma menina apaixonada pela lua. Curiosamente até já eu começo a apreciar esse satélite cheio de mistério e sedução. Bjs.
Já alguns anos que também eu percebi que tinha de te dividir com a lua, e agora com mais algém ... Bjs
O teu brilho é muito mais intenso que o da lua.
A lua eu ignoro-a e tu és toda a minha vida.
Há dias, uma pessoa, elogiava-me o teu blog e especialmente os teus olhos e eu concordo, tens uns olhos brilhantes e bonitos, além do sorriso ( ou riso ) que é divinal!
Mas será o cansaço maior do que o espaço que o teu pensamento guardou para mim?
Frase linda, Tatiana.
Já te pus nos meus links.
Espero q te lembres de mim, a colega de CPRI. Raquel.
Giríssimo - há limites para esse tipo de linguagem sem justificação.
Disse uma asneira. Wow. Que escândalo. Ainda não cheguei a insultar ninguém e já me censuram. Disse "Foda-se" como podia ter dito "Caraças", ou "Bolas", achei, no entanto, que um "Foda-se" seria mais forte e mais sincero. No fundo "Foda-se", sintetizou bem tudo aquilo que senti quando li as tuas palavras, não digo isto no bom sentido. =| Está assim justificado.
["'Ainda' não chegaste a insultar ninguém e já me censuram?"?!!]Lamento dizer-te que aqui (blogs) e no mundo "real" a censura pode e deve acontecer quando há insultos. Censura ou processos legais, o que ainda é mais fixe e profícuo.
Receio informar-te também que não vais insultar ninguém porque nós não deixamos.
Acho também ridículozinho, vá, que fales em "sinceridade" ["seria mais forte e mais sincero"] quando não te dás a conhecer. No mínimo, estranho e, digamos, HIPÓCRITA!
Mas eu compreendo-te. Há uma frase que costumamos dizer que é
"AMO-TE F*DA-SE". Estou certa que era isso que querias dizer. Só te esqueceste do verbo.
Mas o que se passa, queres falar sobre isso?
Foste abusado quando eras pequenino? Chamavam-te "porco imundo e feio" na escola? Fazias xixi nas calças? Fala-nos da tua dificuldade em assumir uma opinião de forma REALMENTE sincera, e aí, estou certa, que teremos todo o gosto em aceitar a tua opinião.
que agressividade mal disfarçada... fazias xixi nas calças quando eras pequenina? chamavam-te nomes...?
"alguém que tropeçou neste blog" acho que, para alguém que faz questão em mencionar que tropeçou no blog, é estranho nem sequer comentar efectivemente o blog ou o seu conteúdo e, em vez disso, comentar um anterior comentário.
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