A música é serena. O ar cálido abraça o fim-do-dia como se não quisesse receber a noite. Num terceiro degrau de uma qualquer escada, ele fita os ténis sujos, destruídos, vividos. Relembra os sorrisos XL que via na cara de todos os amigos e que também ele ostentava, apertado entre as bochechas.
Tem uma vontade imensa de recuperar os momentos espontâneos, pintados a gargalhadas, emoldurados com abraços. Deixa a música dançar noutro ritmo e levanta-se demoradamente. Olha em frente e vê uma expressão que reconhece, um sorriso que sabe desenhar com os dedos... XL, vindo de outros Verões.
1 comentário:
hummm soube-me bem e deixou-me nostálgica ao mesmo tempo :\
a espontaneidade é um privilégio. e a responsabilidade acaba por atenuá-la por muito que não a queiramos deixar fazê-lo*
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