As pessoas cansam-se, a pele desgasta-se e as palavras de tão repetidas parecem não bastar. Sucumbiste. Deixaste cair os braços e a cabeça, deixaste a respiração encaixar no ritmo constrangido do teu coração e agora não sabes por onde começar. A garganta apertada guarda todos os medos e segura as palavras que vêm do peito. Só as frases desenhadas na tua cabeça têm livre-passe até à tua língua. E tudo o que dizes chega filtrado, purificado, sem mácula de emoção.
Repetes a lenga-lenga do cansaço até te convenceres de que tudo vai ficar bem se descansares, se dormires, se puderes fechar os olhos e fingir que o mundo parou... mas nunca fica e voltas a entrar numa espiral de enganos que te protege e te corrompe. Os dias sucedem-se com a intensidade e a insistência das ondas, vão corroendo barreiras e sobras tu, apenas tu.
Sem armas, sem lutas, sem rumo.
Sem armas, sem lutas, sem rumo.
4 comentários:
Eu já me perdi na minha luta...
oi menina. estive por aqui. muito interessante. quando aparecer por aqui, apareça por lá tambem. abraços.
acho que todos temos momentos momentos em que nos sentimos perdidos mas é uma questão de separar o trigo do joio e ver o que é realmente importante na nossa vida e se o esforço vale a pena. Se vale continua se não redirecciona. É mais fácil dito que feito mas é mesmo assim =)
adoro reler.te.
e estou exactamente assim: dormente.
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