[Simplicidade] é uma palavra complexa...
23 de dezembro de 2005
12 de dezembro de 2005
Apagaste a luz.
Porque é que apagaste a luz, Beatriz? Logo agora que eu estava a tentar ler nas entrelinhas do teu carinho. Mas não te vou pedir que a acendas, gostas de flashes cachopa, o que é que te hei-de fazer?
Quiseste acordar-me quando acendeste essa luz incandescente pela primeira vez e agora? Queres esconder-te porque sentes que te conheço? Ora deixa-te disso, tu tens é medo que eu te conheça melhor do que tu!
E apagaste a luz mesmo quando eu desvendava os segredos escondidos nos teus olhos...Já te disse que os teus olhos falavam comigo? Havia dias em que reclamavam a minha atenção e outros em que me pediam docemente o teu espaço...sim, Beatriz, esse teu espaço que sempre reclamaste e que nunca te serviu de nada!
Lembro-me de uma vez em que os teus olhos sussurraram que gostavas de mim...Ai, miúda...quem me dera nunca ter ouvido esse murmúrio da tua alma...
Revolucionaste as minhas entrelinhas, será por isso que insisto tanto em querer ler as tuas? Sempre me mostraste tanto, porque me escondes agora aquilo que eu quero mesmo conhecer?
Quiseste acordar-me quando acendeste essa luz incandescente pela primeira vez e agora? Queres esconder-te porque sentes que te conheço? Ora deixa-te disso, tu tens é medo que eu te conheça melhor do que tu!
E apagaste a luz mesmo quando eu desvendava os segredos escondidos nos teus olhos...Já te disse que os teus olhos falavam comigo? Havia dias em que reclamavam a minha atenção e outros em que me pediam docemente o teu espaço...sim, Beatriz, esse teu espaço que sempre reclamaste e que nunca te serviu de nada!
Lembro-me de uma vez em que os teus olhos sussurraram que gostavas de mim...Ai, miúda...quem me dera nunca ter ouvido esse murmúrio da tua alma...
Revolucionaste as minhas entrelinhas, será por isso que insisto tanto em querer ler as tuas? Sempre me mostraste tanto, porque me escondes agora aquilo que eu quero mesmo conhecer?
Vá lá, Beatriz, não sejas teimosa, deixa-te de brincadeiras e acende lá a luz...
7 de dezembro de 2005
Caminha sozinha...
O passo apressado denuncia a insegurança...leva o coração na garganta e mal consegue respirar.
Há farpas cravadas nas costas, punhais a rasgarem-lhe a pele delicada, mas os pés calejados não a deixam desistir. Quantas vezes teve de engolir o coração, já ninguém sabe, mas os pulmões acusam o aperto e ela sente vontade de parar, descansar um pouco, encostar a palma da mão a algo seguro e fechar os olhos. O cansaço embriaga-lhe os sentidos e por alguns segundos impede-a de manter o ritmo da passada, o vento frio corta-lhe as lágrimas e ela já não sabe qual o motivo que a faz chorar, sorri a uma criança que lhe disse adeus e os seus pulmões apertaram-se dentro do peito.
Não desiste, mas sente-se perto do limite, o sangue quente ainda escorre e ela parou a caminhada para o limpar. Perdeu o passo, perdeu o ritmo....Perdeu-se...
28 de novembro de 2005
E repito em surdina...”Sossega coração!”...
E procuro às escuras, sem querer acender a luz...Baixo os olhos e encosto a testa ao pulso, permaneço assim, caída sobre os meus braços, como se não tivesse mais nenhum lugar para repousar.
O tic-tac violento parou abruptamente e as horas deixaram de passar, já não sei onde estou nem porque parei.
E não consigo perceber, o meu coração saltou...jaz demorado nas minhas mãos, mordisca-me os dedos e diz que precisa de continuar a bater.
Nunca o tinha ouvido antes, ainda que fosse imperativo, não entendo porque o ouço agora, tão alto como as gotas salgadas a caírem-me nos joelhos, tão desesperado por alento com os meus lábios por um sorriso.
Tenho os pulmões dormentes, as costelas ferem-me, todo o meu corpo me rejeita e o meu coração continua a mordiscar-me os dedos e a chamar por mim...
- Cala-te porra! Preciso de pensar...
O tic-tac violento parou abruptamente e as horas deixaram de passar, já não sei onde estou nem porque parei.
E não consigo perceber, o meu coração saltou...jaz demorado nas minhas mãos, mordisca-me os dedos e diz que precisa de continuar a bater.
Nunca o tinha ouvido antes, ainda que fosse imperativo, não entendo porque o ouço agora, tão alto como as gotas salgadas a caírem-me nos joelhos, tão desesperado por alento com os meus lábios por um sorriso.
Tenho os pulmões dormentes, as costelas ferem-me, todo o meu corpo me rejeita e o meu coração continua a mordiscar-me os dedos e a chamar por mim...
- Cala-te porra! Preciso de pensar...
25 de novembro de 2005
Enganada
O vento toca-lhe o cabelo,
Caminha contra o ar frio.
A manga chega-lhe ao cotovelo
Estremece, culpando um arrepio.
No olhar despido
Leva lágrimas, uma vontade,
A volúpia de um pedido,
A tragédia da verdade.
Do seu passo vagaroso,
Do seu lânguido avançar
Culpa o Inverno rigoroso,
Na sua angústia de pensar.
Correm os seus pensamentos
Como corre o vento apressado
Mas inocenta os sentimentos
Do seu coração apertado.
17 de novembro de 2005
Os olhos são o espelho da alma...?
You scored as Believer. You are a Believer. Whether it be religious or just your ethics and morals. You believe that heart breaks and injuries are just another part of life. Everything can be overcome if you believe in yourself and in your life.
1 de novembro de 2005
Sento-me no carro, silêncio...
Abro o porta-luvas e tiro um rebuçado duma caixa esquecida, na esperança ilusória de adocicar a minha vida...
- M3rda!
Cortei a língua com o rebuçado, senti o sal do sangue no meu paladar, mas não desisto, vou insistir com o rebuçado até ter desfeito todas as superfícies cortantes da guloseima. A dor na língua obriga-me a estar desperta no meu presente. O doce e o salgado confrontam-se na minha boca como a inércia e o movimento se debatem no quotidiano.
O rebuçado persiste...quase nem sinto o sabor sanguíneo, a saliva mistura os estímulos ao paladar. Porém a dor continua, talvez atiçada pelo vigor com que agora desfaço o rebuçado, tão doce, como sinto que desfaço a minha vida, tão perdida...
Desfez-se a doçura, ficou um travo pálido ao açúcar e uma picada agreste do sangue. A boca quente conserva o sabor da luta, como o tempo conserva os que lutam.
O sangue ainda corre, o salgado vermelho venceu. E eu continuo sentada no carro, inerte.
- M3rda!
Cortei a língua com o rebuçado, senti o sal do sangue no meu paladar, mas não desisto, vou insistir com o rebuçado até ter desfeito todas as superfícies cortantes da guloseima. A dor na língua obriga-me a estar desperta no meu presente. O doce e o salgado confrontam-se na minha boca como a inércia e o movimento se debatem no quotidiano.
O rebuçado persiste...quase nem sinto o sabor sanguíneo, a saliva mistura os estímulos ao paladar. Porém a dor continua, talvez atiçada pelo vigor com que agora desfaço o rebuçado, tão doce, como sinto que desfaço a minha vida, tão perdida...
Desfez-se a doçura, ficou um travo pálido ao açúcar e uma picada agreste do sangue. A boca quente conserva o sabor da luta, como o tempo conserva os que lutam.
O sangue ainda corre, o salgado vermelho venceu. E eu continuo sentada no carro, inerte.
12 de outubro de 2005
Lugares Perdidos
Lugares que, em silêncio,
Trazem a saudade e a tristeza
Das vidas que quiseram atravessar,
Das histórias passageiras,
Cravando com destreza
Nos farrapos de vida
Gotas de memórias inteiras,
Feixes de luz perdida.
Lugares que, estando calados,
Relembram sentimentos,
Descrevem apenas momentos...
Lugares que à vontade dos relatos
Choram, riem, sentem,
Guardam, esquecem e mentem.
Lugares que prendem
Lágrimas, poder e ambições,
O despedaçar de corações,
Sorrisos, alegria e cor,
Onde sabem esconder a dor.
Lugares que, ao olhar,
Parecem simples e vazios
Mas que, ao verdadeiro ver,
Se mostram cheios de emoções
Porém deixam de parecer
Apenas lugares abandonados
Que um dia viram sofrer,
Viram corações feridos...
Lugares que acabam por ser
Simplesmente lugares perdidos.
6 de outubro de 2005
Um pouco
Um pouco de vida
Um pouco de amor
A dor, esquecida
Os dias cheios de sabor
E basta um pouco
De cada coisa tranquila
Para o tempo acalmar
Neste mundo louco
Sem nada perturbar
E um pouco é o bastante
Para tirarmos da estante
Tudo o que nos põe a dançar
Porque há dias que se esquecem
E que não se deviam esquecer
Basta um pouco de alegria
Para a vida parecer
Muito mais do que se queria
Nesses dias que adoecem
Afinal é simples
Basta um pouquinho
De tudo o que nos faz sorrir
Para deixar o rancor sozinho
Para deixar as lágrimas para trás
Para esquecer o tempo voraz
Que o mundo nos tenta imprimir.
30 de agosto de 2005
O belo intercâmbio...
Olá!
Pois...é muito xato tar sem net..principalmente pa uma viciada como eu...ms uma pessoa vai-se desenrascando!
ora bem, o que eu pretendia neste momento era fazer assim, a modos que, um balanço do nosso belo intercâmbio!
----FANTÁSTICO----
pronto já tá...
vá ja chega d parvoíces.
Saímos de Trancoso num dia chuvoso(coisa feia....,estava eu profundamente abalada por uma imflamação na garganta e sintomas de gripe, mas com uma boa dose de pastilhas anginova(olha a publicidade =]) e 30 mil rebuçados de mel e limão dos quais toda a gente se queixava do xeiro...incluindo eu, lá me passou!=]
Eis que começa a aventura, tds pa fátima k nunca la fomos(ironia)=] Chegados às caldas fikou td maravilhado com as condições da residência...e já se falava em mudar candidaturas para estudar nas caldas da rainha!ah e tal as condições eram maravilhosas, muito bom, mas a verdade é que sem ser de madrugada...só la estávamos meia horinha...tomar banhoka e vestir k já estão dois ou três alemães lá em baixo!8É preciso referir que os melhores momentos que(pelo menos o grupo português passou[e axo k falo por tds, no geral])foram, sem dúvida, as passatas à noite até ao centro das caldas...akela bela praça...nós chegávamos e as esplanadas tomavam logo outra forma!=]e o caminho n custava nada a percorrer, as conversas eram interessantes...as pessoas eram(SÃO) interessantes!
E o que a nossa pussicologazitah pedia tão modestamente era pa n fazermos barulho....poix, tá bem, o problema tava mm aí...ms o esforço foi feito!
Conseguimos entrar numa rotinazitah, pekeno almoço no bar da escola d artes e design das caldas(+ publicidade =])a voltinha à volta do edificio k era fatal...o almoço era a refeição k mais variava, mas ao jantar voltávamos a dar a voltinha à escola e aterrávamos na cantina...
E eis k tivemos o nosso primeiro dia de praia!yupi!!!nazaré conosco!bora lá ver os nossos irmãos alemães completamente embrulhados nas ondas...k curtição!ah...e a tresinha foi pikada por peixe-aranha k axou k ela tinha um pé apetitoso...=]nada d grave!
Um dia à noite na nazaré:
passear, passear e procurar os caracóis!!!nheca nheca!!=]foi na bela tasca dos caracóis k eu e a pussicóloga(=] tem k ser assim n keremos ferir susceptibilidades) tirámos uma bela foto k se seguiu dum comentário(s n m engano da catarina)do género: "parecem irmãs..cabelo encaracolado, sorriso igual..."lolol e por mero acaso temos bikinis iguais!lolol e toalha!como s n bastasse....=]Houve gente que deixou para trás os caracóis e preferiu um crepe kentinho à beira mar.
Tivemos mais um diazito d praia na foz do arelho onde fizemos umas tatoos com canetas de henna ke uma das monitoras dos alemães tinha.
Pouco mais há a acrescentar na primeira semana, muitas horas no autocarro...poucas horas de sono...lolol, ms tambem é para isso k servem os comments...façam favor e acrescentem,critikem, deitem abaixo...manifestem-se!!=]
De volta a trancoso e finalmente uma noite na nossa caminha(um exclusivo do grupo português!=P)...muitas actividades, piscinas, piscinas..lolol..piscinas outra vez...paintball, canoagem,orientação nocturna...muito bom, muito divertido! A.B. à noite(+ publicidade...tenhu k começar a cobrar[como s este blog fosse mt visitado..lolol])os monitors e alguns caramelos e caramelas arrastavam o daniel po referido bar e bota bohemia!=]
5 de Agosto-aniversário da cau, coincidente com a orientação nocturna...nunca corri tt em trancoso à noite!banho em 10 minutos, uns brindezitus ainda cá e toka pa guarda! katedral e f7...a real noitada, e o pussio fez-nos companhia =P, muita dança(plo menos pa mim!lolol)muita sede e muito pouca gente na disco...ms foi igual!curtimos na msm!
Saltando alguns pormenores k deixo a cargo das simpatias k se dignarem a comentar...
Chega o jantar de despedida...ooohhh!!!muita xoradeira, muita baba e ranho como já é habitual...e lá foram eles!!!e cá ficams nós a limpar os vestígios da churrascada(k pelo k sei ainda deram trabalho no dia da reunião).Como era sábado à noite e o armazém 13(+ publici...ok ja chega!!)abria, lá fomos nós todos pa dicoteca!!!=]talvez a noite + divertida!!Surgiu uma nova bebida, k plo k sei, foi inventada pa minha mana e à qual uns sábados depois eu tive k dar nome!!lololol Fica aqui apresentado o pitéu exclusivo da disco desta bela cidade: Bluesky!!!lololol
Acabado o intercâmbio em si...os laços d amizade criados e apertados =] continuaram e fizemos um jantar na feira d São Bartolomeu (er...ok...)que foi muito animado ms eu xkeci-me da makina fotográfica e ng trouxe tb....={ ms enfim...a xaninha escreveu umas belas frases k foi apanhando ao acaso nas conversas q k talvez um dia possam ser aki publicadas, anonimamente, claro está!=]
Espero que para o ano seja tão divertido assim ou + ainda...
Esta tralha toda só mm pa dizer k adorei...k tivemos ums monitores fantásticos, muito, muito fixes que deixaram toda a gente à vontade e que contribuiram para o ambiente saudável k proliferou no grupo durante todo o intercâmbio!
fiko por aki...ja m tou a cansar d escrever e d certeza k vcs ja s cansaram d ler...lolol
bjinhux e abraxos pa tods...gosto mt d vcs tds!!=]
COMENTEM!!!
4 de junho de 2005
Há gestos que se perdem no fundo da alma, tornam-se tão nossos que quase magoam. Gestos quotidianos que nem sempre chegam para nos mantermos à superfície...E é nessas altura que olhamos para cima, sentimos a necessidade de entender e de procurar um rumo. Procuramos estar mais perto do céu, talvez por pensarmos que é um bálsamo para o nosso estado, talvez apenas por ser uma ideia reconfortante.
E onde é o céu? Perto do céu...Faz lembrar uma nuvenzinha branca e fofa onde não existem problemas e o sol e a lua estão juntos em harmonia. Na verdade, há dias em que precisamos de nos sentar nesta nuvem e pensar sobre tudo, ou sobre nada, esquecermo-nos de quem somos, de quem fomos e de quem um dia seremos. Tentando de alguma forma achar um porto de abrigo, um lugar perto do céu, onde possamos encontrar um cantinho confortável para depositar o vazio que sentimos. E, embebidos nesse vazio que ecoa dentro de nós, deixamo-nos ir e procuramos quase inconscientemente esse lugar perto do céu, onde podemos descansar de nós e da vida.
Nesses dias em que nos sentimos totalmente perdidos...Em que tudo à nossa volta parece desaparecer ao mínimo toque, nesses dias temos uma visão do mundo totalmente diferente, tudo nos parece muito mais real...muito mais cruel, o mundo mostra-se como realmente é...
Tatiana Albino
E onde é o céu? Perto do céu...Faz lembrar uma nuvenzinha branca e fofa onde não existem problemas e o sol e a lua estão juntos em harmonia. Na verdade, há dias em que precisamos de nos sentar nesta nuvem e pensar sobre tudo, ou sobre nada, esquecermo-nos de quem somos, de quem fomos e de quem um dia seremos. Tentando de alguma forma achar um porto de abrigo, um lugar perto do céu, onde possamos encontrar um cantinho confortável para depositar o vazio que sentimos. E, embebidos nesse vazio que ecoa dentro de nós, deixamo-nos ir e procuramos quase inconscientemente esse lugar perto do céu, onde podemos descansar de nós e da vida.
Nesses dias em que nos sentimos totalmente perdidos...Em que tudo à nossa volta parece desaparecer ao mínimo toque, nesses dias temos uma visão do mundo totalmente diferente, tudo nos parece muito mais real...muito mais cruel, o mundo mostra-se como realmente é...
Tatiana Albino
18 de maio de 2005
Hemiciclo - De Trancoso a Estrasburgo
Tudo começou quando um nosso colega nos perguntou se queríamos participar...Eu já tinha participado e incentivei a Neuza a participar também...inscrevemo-nos e embarcarmos numa aventura que nunca adivinharíamos tão divertida.
As alegrias começaram a chegar com o resultado do casting, a nossa Neuza tinha ficado como presidente da mesa! E continuaram a surgir na sessão distrital pois apesar da equipa ter ficado em décimo primeiro lugar, fui eleita a melhor deputada distrital, o que me dava acesso directo à sessão nacional. Assim como a Neuza que no casting nacional, alcançou o lugar de primeira vice-presidente suplente, garantindo também a sua participação na sessão nacional.
Tudo no corria de feição e um sentimento abrangia as duas: “Que pena não podermos participar outra vez para o ano.” Quanto a mim, que participei pela segunda vez, senti-me de veras envolvida pelo jogo, o que não acontecera no ano anterior.
Bem, mas passemos então à sessão nacional: Domingo, 3 de Abril de 2005. Os meus pais levaram-nos à delegação do IPJ na Guarda, onde nos encontramos com os colegas de Gouveia e partimos para Lisboa. A viagem foi longa mas animada, muita conversa, muitas histórias engraçadas. Chegámos por volta das 18:30 e sentíamos que já nos conhecíamos há anos, demo-nos todos muito bem. A boa disposição reinava ao jantar e enquanto esperávamos o começo da peça de teatro que íamos ver, um debate sobre religião preencheu o tempo. A peça “Confissões de Adolescentes” foi do agrado de todo o auditório independentemente de alguns espectadores já terem assistido.
Esperámos pelo autocarro e fomos levados para o hotel, a boa disposição era geral! Eram já 23h30 e nós ainda não tínhamos decidido se íamos dar uma volta ou não. Finalmente resolvemos ir até ao Hard Rock Café já que poucos o conheciam. A descida a pé pela Avenida da Liberdade foi inesquecível, Lisboa estava fascinantemente calma. De volta ao hotel, as meninas juntaram-se num só quarto e enquanto houve assunto também o professor e os meninos estiveram lá a conversar e a debater questões controversas como o casamento e o celibato. Já cansados resolvemos tentar dormir, porém o entusiasmo era tanto que foi realmente difícil.
08:00, dia 4 de Abril de 2005, todos a tomar o pequeno-almoço, tínhamos que ir para o Palácio de S. Bento. Assistimos a uma cerimónia protocolar protagonizada pelos guardas do Palácio e entrámos para assumir os nossos lugares. De manhã apresentámos as medidas e os argumentos aos nossos colegas deputados e tivemos a oportunidade de as debater num curto espaço de tempo, ainda antes do almoço deu-se o período de conciliação do qual resultaram várias coligações. Almoçámos no ISEG e após termos satisfeito a fome voltámos ao debate. A assistência começava então a chegar e o distrito da Guarda primava pelo apoio que tinha. O debate foi organizado tendo em conta as medidas das coligações e a primeira medida a ser debatida foi precisamente aquela em que nós participávamos. Conseguimos falar todos, no entanto, esgotámos o tempo do nosso distrito logo na primeira parte do debate o que no impediu de discutir outras medidas. Apesar disto a Guarda ficou colocada em terceiro lugar. A verdade é que nenhum dos três estava à espera e acredito que nem a assistência contava com tal classificação. Além de surpreendidos ficámos felizes por sabermos que iríamos participar numa viagem a Estrasburgo com os restantes distritos qualificados e que o nosso trabalho e empenho iriam ser recompensados.
Em jeito de conclusão, posso dizer que foi uma experiência inesquecível que com certeza trará frutos para o meu futuro. Aconselho vivamente a todos os alunos a considerarem empenhar-se e participar.
Tatiana Albino
As alegrias começaram a chegar com o resultado do casting, a nossa Neuza tinha ficado como presidente da mesa! E continuaram a surgir na sessão distrital pois apesar da equipa ter ficado em décimo primeiro lugar, fui eleita a melhor deputada distrital, o que me dava acesso directo à sessão nacional. Assim como a Neuza que no casting nacional, alcançou o lugar de primeira vice-presidente suplente, garantindo também a sua participação na sessão nacional.
Tudo no corria de feição e um sentimento abrangia as duas: “Que pena não podermos participar outra vez para o ano.” Quanto a mim, que participei pela segunda vez, senti-me de veras envolvida pelo jogo, o que não acontecera no ano anterior.
Bem, mas passemos então à sessão nacional: Domingo, 3 de Abril de 2005. Os meus pais levaram-nos à delegação do IPJ na Guarda, onde nos encontramos com os colegas de Gouveia e partimos para Lisboa. A viagem foi longa mas animada, muita conversa, muitas histórias engraçadas. Chegámos por volta das 18:30 e sentíamos que já nos conhecíamos há anos, demo-nos todos muito bem. A boa disposição reinava ao jantar e enquanto esperávamos o começo da peça de teatro que íamos ver, um debate sobre religião preencheu o tempo. A peça “Confissões de Adolescentes” foi do agrado de todo o auditório independentemente de alguns espectadores já terem assistido.
Esperámos pelo autocarro e fomos levados para o hotel, a boa disposição era geral! Eram já 23h30 e nós ainda não tínhamos decidido se íamos dar uma volta ou não. Finalmente resolvemos ir até ao Hard Rock Café já que poucos o conheciam. A descida a pé pela Avenida da Liberdade foi inesquecível, Lisboa estava fascinantemente calma. De volta ao hotel, as meninas juntaram-se num só quarto e enquanto houve assunto também o professor e os meninos estiveram lá a conversar e a debater questões controversas como o casamento e o celibato. Já cansados resolvemos tentar dormir, porém o entusiasmo era tanto que foi realmente difícil.
08:00, dia 4 de Abril de 2005, todos a tomar o pequeno-almoço, tínhamos que ir para o Palácio de S. Bento. Assistimos a uma cerimónia protocolar protagonizada pelos guardas do Palácio e entrámos para assumir os nossos lugares. De manhã apresentámos as medidas e os argumentos aos nossos colegas deputados e tivemos a oportunidade de as debater num curto espaço de tempo, ainda antes do almoço deu-se o período de conciliação do qual resultaram várias coligações. Almoçámos no ISEG e após termos satisfeito a fome voltámos ao debate. A assistência começava então a chegar e o distrito da Guarda primava pelo apoio que tinha. O debate foi organizado tendo em conta as medidas das coligações e a primeira medida a ser debatida foi precisamente aquela em que nós participávamos. Conseguimos falar todos, no entanto, esgotámos o tempo do nosso distrito logo na primeira parte do debate o que no impediu de discutir outras medidas. Apesar disto a Guarda ficou colocada em terceiro lugar. A verdade é que nenhum dos três estava à espera e acredito que nem a assistência contava com tal classificação. Além de surpreendidos ficámos felizes por sabermos que iríamos participar numa viagem a Estrasburgo com os restantes distritos qualificados e que o nosso trabalho e empenho iriam ser recompensados.
Em jeito de conclusão, posso dizer que foi uma experiência inesquecível que com certeza trará frutos para o meu futuro. Aconselho vivamente a todos os alunos a considerarem empenhar-se e participar.
Tatiana Albino
16 de abril de 2005
E um dia o coração estilhaça...
As histórias de amor são mágicas e profundas até que um dia, por algum motivo, há um coração que se parte, que se estilhaça em mil pedaços e se transforma num puzzle por fazer.
E depois há alturas em que o corpo que carrega o coração dilacerado vai ter que cruzar os olhos feridos com os de quem o despedaçou. E surge aquela sensação de pulmões apertados que não deixam bater o coração, e as lágrimas procuram incessantemente os olhos sempre que o coração insiste em bater. E enfraquecemos.
Por muita força que alguém possa ter, há dias em que essa força que parece brotar do nosso peito deixa de chegar até à nossa alma e desfalecemos, caímos, tentando agarrar algo que nos possa segurar, o nosso orgulho, talvez, se ainda o tivermos.
As dúvidas surgem, isto é amor? O amor é esta confusão de sentimentos? Este sofrimento vale a pena? E talvez surjam também algumas respostas, que nos fazem perceber que o amor, se existe, é fraco, subtil, um sentimento-espelho que nos faz sentir por nós próprios aquilo que não conseguimos sentir por quem nos partiu o coração. Mas o amor também pode ser muito bom, pode trazer felicidade, mas a felicidade não é eterna nem incondicional, e às vezes é o amor que apaga a felicidade. Traiçoeiro este sentimento... A loucura dos incontrolados emocionais, mas quem é que consegue controlar totalmente as emoções, ninguém!
E então pode surgir a raiva, a tristeza, a saudade, a vingança, a resignação...uma série de sentimentos que são catalizados pelo amor. A vida perde o sentido por uns tempos e amaldiçoamos tudo à nossa volta e apregoamos que não temos sorte nenhuma, acreditamos que nunca mais vamos conseguir amar assim, aquela foi a última vez...é sempre a última vez. Passado esse tempo de dor, limpamos o sal da cara, lambemos as feridas e levantamos a cabeça. E a vida volta a ser o que era, apenas ficam cicatrizes, marcas em imagens, momentos, palavras que são guardadas no fundo da memória.
E nesse dia em que o coração se estilhaçou, achámos que não seríamos capazes de apanhar todos os pedaços e colar um a um apara podermos voltar a ter um coração, mas mais tarde, damos conta que afinal até o fizemos. Fomos apanhando todos os vidrinhos que espalhámos pelo chão, sorrimos envergonhados e pedimos desculpa pelo estardalhaço.
Tatiana Albino
E depois há alturas em que o corpo que carrega o coração dilacerado vai ter que cruzar os olhos feridos com os de quem o despedaçou. E surge aquela sensação de pulmões apertados que não deixam bater o coração, e as lágrimas procuram incessantemente os olhos sempre que o coração insiste em bater. E enfraquecemos.
Por muita força que alguém possa ter, há dias em que essa força que parece brotar do nosso peito deixa de chegar até à nossa alma e desfalecemos, caímos, tentando agarrar algo que nos possa segurar, o nosso orgulho, talvez, se ainda o tivermos.
As dúvidas surgem, isto é amor? O amor é esta confusão de sentimentos? Este sofrimento vale a pena? E talvez surjam também algumas respostas, que nos fazem perceber que o amor, se existe, é fraco, subtil, um sentimento-espelho que nos faz sentir por nós próprios aquilo que não conseguimos sentir por quem nos partiu o coração. Mas o amor também pode ser muito bom, pode trazer felicidade, mas a felicidade não é eterna nem incondicional, e às vezes é o amor que apaga a felicidade. Traiçoeiro este sentimento... A loucura dos incontrolados emocionais, mas quem é que consegue controlar totalmente as emoções, ninguém!
E então pode surgir a raiva, a tristeza, a saudade, a vingança, a resignação...uma série de sentimentos que são catalizados pelo amor. A vida perde o sentido por uns tempos e amaldiçoamos tudo à nossa volta e apregoamos que não temos sorte nenhuma, acreditamos que nunca mais vamos conseguir amar assim, aquela foi a última vez...é sempre a última vez. Passado esse tempo de dor, limpamos o sal da cara, lambemos as feridas e levantamos a cabeça. E a vida volta a ser o que era, apenas ficam cicatrizes, marcas em imagens, momentos, palavras que são guardadas no fundo da memória.
E nesse dia em que o coração se estilhaçou, achámos que não seríamos capazes de apanhar todos os pedaços e colar um a um apara podermos voltar a ter um coração, mas mais tarde, damos conta que afinal até o fizemos. Fomos apanhando todos os vidrinhos que espalhámos pelo chão, sorrimos envergonhados e pedimos desculpa pelo estardalhaço.
Tatiana Albino
11 de abril de 2005
Às vezes...
Às vezes é preciso falar, nem que seja só para preencher o vazio que às vezes se instala no mais recôndito dos nossos dias. Falar, conversas de café, palavras de rua, poesia, narrativas...falar e falar bem! Contar histórias, perguntar, querer saber. E quando não é preciso falar é requerido que se ouça, com toda a atenção e delícia com que nos perdemos a falar. Saber ouvir é metade de saber falar. Quem é bom orador tem que ser melhor ouvinte.
E ás vezes é necessário chorar para lavar o espírito, para limpar o pó da alma e dar brilho ao coração. Chorar e jazer entregue aos sentimentos mais profundos e fatais. Chorar, sofrer, suprimir dilacerando qualquer dor que nos assole a alma. Deixar correr a água salgada pelas faces, sentir os olhos quentes. O nosso organismo tem que libertar-se do sal e a nossa alma da dor. E depois, podemos chorar de alegria, emoção, tudo o que seja um sentimento tão intenso que leve a esta manifestação física. Porque os sentimentos que carregamos necessitam de se escoar de nós e expressá-los é a melhor forma de mostrar que continuamos vivos.
Às vezes é gritante cingir o pensamento à racionalidade para podermos esquecer que um dia precisámos de chorar por termos avançado na escuridão total, mas às vezes é mesmo preciso avançar no escuro, com os pés descalços e as mãos a tocar o vazio, à espera de encontrarem algo suave e firme onde possam apoiar o resto do corpo. E às vezes é imperativo procurar sem encontrar, esticar os dedos numa busca incessante e acabar por desistir por não acharem nada que lhes preencha o tacto.
Às vezes sentimos tanta necessidade de nos sentirmos únicos que a vida nos dói por dentro e aquilo que conservamos no mais íntimo de nós é forçado a sair.
*Publicado no jornal escolar Desafios(Trancoso) em 2004
E ás vezes é necessário chorar para lavar o espírito, para limpar o pó da alma e dar brilho ao coração. Chorar e jazer entregue aos sentimentos mais profundos e fatais. Chorar, sofrer, suprimir dilacerando qualquer dor que nos assole a alma. Deixar correr a água salgada pelas faces, sentir os olhos quentes. O nosso organismo tem que libertar-se do sal e a nossa alma da dor. E depois, podemos chorar de alegria, emoção, tudo o que seja um sentimento tão intenso que leve a esta manifestação física. Porque os sentimentos que carregamos necessitam de se escoar de nós e expressá-los é a melhor forma de mostrar que continuamos vivos.
Às vezes é gritante cingir o pensamento à racionalidade para podermos esquecer que um dia precisámos de chorar por termos avançado na escuridão total, mas às vezes é mesmo preciso avançar no escuro, com os pés descalços e as mãos a tocar o vazio, à espera de encontrarem algo suave e firme onde possam apoiar o resto do corpo. E às vezes é imperativo procurar sem encontrar, esticar os dedos numa busca incessante e acabar por desistir por não acharem nada que lhes preencha o tacto.
Às vezes sentimos tanta necessidade de nos sentirmos únicos que a vida nos dói por dentro e aquilo que conservamos no mais íntimo de nós é forçado a sair.
*Publicado no jornal escolar Desafios(Trancoso) em 2004
8 de abril de 2005
6 de abril de 2005
Saberás um dia...
Saberás um dia como me senti naquele momento, como o meu coração saltou quando aquela estrela caiu. Nunca me sentira assim tão leve, tão feliz. A tua mão apertava a minha e os teus braços aqueciam-me a alma.
Conseguia ouvir o teu sorriso roçar no meu cabelo, procurando o meu perfume. Um dia vais compreender que aqueles momentos continuam a fazer-me falta. E com a mesma facilidade com que me abraçaste naquela noite, eu escapei dos teus braços uns meses mais tarde. Eu sempre soube que ias sofrer, que ias chorar, gritar até...Mas eu não te podia contar, não podia estragar aqueles momentos tão perfeitos que me proporcionavas.
No dia em que telefonei para tua casa e atendeste tão alegre...E eu tive que te dizer que estava no hospital e que ia morrer...Custou-me tanto...E tu vieste a correr, agarraste a minha mão para nunca mais a largar.
E foste tu que me levaste até ao céu, um céu feito de estrelas onde o sol e a lua podem finalmente brilhar juntos e onde ainda te espero para me prenderes outra vez nos teus braços como fizeste no dia em que te vi...como se já morasses na minha vida.
Tive tanta pena de te deixar com os meus dedos entrelaçados nos teus, fiquei presa a ti para sempre, a minha pele continua húmida das tuas lágrimas, continuo a ouvir-te chamar por mim naquele quarto de hospital. Foi horrível deixar-te mas agora sei que estava destinado e ainda bem que aconteceu...
Hoje és tu que te perdes no abraço de outra mulher, como eu um dia me perdi no teu, uma mulher que nada tem a ver comigo e que por isso te prende tanto. E tenho a certeza que um dia vais perceber como eu me sentia cada vez que me tocavas, porque um dia...Talvez na terceira ou quarta vez que saíres com essa mulher, vais sentir aquele calor e aquele aperto que se sente no estômago quando gostamos mesmo de alguém...
Tatiana Albino
12/10/04
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